quarta-feira, 28 de novembro de 2012

É pra escancar


Estudar no Técnico, amigos,
é o cúmulo do trabalho.
Se não estudo o tempo todo,
vão as notas c'o ca**lho.

Final da ronda de testes,
mas isto está longe d'acabar.
Tenho trabalhos pra fazer
e matéria pra estudar.

Mas agora que estou livre
e fora dessa tortura,
vou espairar, vou sair,
vou no sábado prá loucura

Reunião dos Old School,
mais uma dessas tão brutais,
com a malta sempre a animada,
a virar umas imperiais.

Começamos no pigalle,
só assim para aquecer.
Acabamos de manhã no res,
isto se a noite render.

Este programa é provisório,
sujeito a alteração...
O pigalle é garantido,
o res vai a votação.

João S. 28/11/2012

Bora leão


A minha alma é verde e branca,
mas está ferida, desapontada,
pois qualquer equipa a espanca,
jornada após jornada.

Dizimados pla imprensa,
não vejo o fim deste terror.
Sou o único que pensa,
que a culpa não é do treinador?

O Presidente é o culpado.
O "home" só faz é roubar.
Sai o Sporting prejudicado,
e o "Gordinho" a ganhar.

Tirem o impostor de lá,
esse velho indecente.
Fixe era ser o Sá,
o nosso novo Presidente.

Esse tem raça, tem humildade,
é Sportinguista de gema.
Com aquela força de vontade,
resolvia logo o problema.  

Sporting, vamos embora,
vamos ter mais ambições,
ficamos em segundo agora,
pró ano somos campeões.

João S. 27/11/2012

O nosso Almograve


Guardo comigo as saudades,
que tenho d'aquele lugar,
onde nasceram amizades,
que pra sempre hei-de lembrar.

É tão ímpar, tão perfeito,
é tão nosso, o Almograve
é nossa a areia em que me deito
é nossa a brisa fresca e suave.

Temos gente inconfundivel,
por exemplo o "Nim é pouco",
que tem na perna um desnível,
e a falar parece um louco.

Temos o Arménio, tão conhecido,
eterno amante de Beatriz,
que o quer ter como marido,
porque é ele que a faz feliz.

Fecho os olhos, vejo-me lá...
Sei que estou a sonhar,
mas as saudades são tantas já,
E choro e sorriu ao ver o mar.

Não peço agora mais nada...
Peço só que chegue Agosto,
peço pra mergulhar na "Pegada",
ir prá praia com o Sol posto.

João S. 26/11/2012




E o futuro são eles


Falam já cheios de mania,
sempre a armar confusão,
são os putos d'hoje em dia,
sem nenhuma educação.

Querem ser como os mais velhos,
bebem, fumam, sempre a abrir...
Ainda nem têm pintelhos,
já só pensam em cobrir.

Elas sempre predispostas,
nunca lhes toca a fadiga.
Andam de mochila às costas,
e c'um bebé na barriga.

Faz-me tanta impressão,
a gravidez n'adolescência,
Têm tanta informação,
e tão pouca consciência...

"Deixa estar os cachopos
Eles não querem saber.
Deixa-os sair, beber uns copos,
Deixa-os fumar, deixa-os f*der..."

Mas não os critico mais,
pela  atitude desleixada...
Quem tem culpa são os pais
que nunca lhes negam nada.

João S. 25/11/2012

Old School


Podem ver, podem confirmar,
no pigalle já é sabido,
Old School veio pra ficar,
somos o grupo mais curtido.

A malta é de Santarém,
mas não se deixem enganar...
Tamos em Lisboa também,
em qualquer casa, em qualquer bar.

Reuniões proveitosas,
muitas havemos de ter,
umas "bubaderas" jeitosas,
duram até o Sol nascer.

O grupo qu'elas adoram,
que sonham em conhecer,
pois só quatro é que namoram,
do resto podem escolher.

Não vou revelar mais nada,
o resto é confidencial.
Disposta a ser revelada,
a troco de uma imperial.



(Compra o Cd "Old School",
brevemente no mercado,
inclui o novo single,
"garrafa cheia é pecado".)  ;D

João S. 24/11/2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A bela da janela

Pra quem não sabe, vou contar,
a história de uma janela,
que esteve lá pra me apoiar,
quando mais precisei dela.

O álcool a mim não perdoa,
cheguei a casa todo dormente,
só a dizer coisas à toa,
coisas de gente indecente.

Já no quarto, fechei a porta,
mas quando, me fui pra sentar,
vi cama toda torta...
Fui à marquise apanhar ar.

Estava em casa sozinho,
Pus-me à janela a espairecer,
mas o carrascão do vinho,
fez-me logo adormecer.

Pôs-me nos olhos um peso tal,
qu'adormeci naquele estado,
com uma dormência brutal,
Do terceiro andar pendurado.

A meio da noite acordei,
com essa visão tão bela,
de saber que não vomitei,
e que não caí da janela.

Deitei-me então, finalmente,
ainda meio atordoado...
Prá próxima vai ser diferente,
prá próxima tenho mais cuidado.
João S. 22/11/2012

Soneto inovador

Criei eu um soneto inovador,
diferente daqueles que nos livros lês.
Não é lamechas, não fala d'amor,
não o vais dar em Português.

Não o vais dar em Português,
de tão exclusivo e distinto que ele é.
Eu sou como ele, não sei se vês,
posso ainda ser mais estranho até.


Mesmo que às vezes gozem comigo,
me chamem cromo pelo que digo.
Apenas e só lhes digo que sim.

E, perguntassem-me vocês quem sou,
sou apenas um cromo que alguém riscou,
mas que ficou único e raro assim.

João S. 21/11/2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Prefácio

Agora toda a gente diz:
"Mas quem é essa paixão?".
Porque o poema que eu fiz
soa a declaração.

Como já disse ao meu primo
o eu poético, não sou eu,
é alguém sobre quem rimo,
alguém que nunca viveu.

Nem viveu, nem  vai viver,
sem ser na imaginação,
de quem os poemas ler,
e quem fez tal invenção.

Escrevo mais do que escrevia,
mas mais escrevo c'um motivo,
tento escrever um por dia,
esse é o meu objetivo.

Se te fartares de os ver,
na página principal,
põe denunciar e esconder,
é na boa, não levo a mal.

(Faço poemas de encomenda.
S'achas que não rimo mal,
podem bem servir de prenda,
numa ocasião especial.

Se não puderes gastar massa,
e faltar um presentinho
Faço um poema de graça
Se me pedires com jeitinho. ;) )

Á primeira vista

Andei à tua procura,
procurei por todo lado.
Diziam que era loucura,
mas eu estava apaixonado.

Não me conhecias assim,
a querer ser mais do que amigo,
eu que nessa busca sem fim,
finalmente dei contigo.

Lá sozinha, devastada,
os olhos fartos de chorar,
Ves-me, ficas assustada,
"Calma, não te vou magoar."

Vou-me chegando ao pé de ti,
estás nervosa e eu também estou
"Está tudo bem, eu estou aqui.
Foi só um susto, já passou.

Que maldade deste mundo,
te pôs assim a chorar?"
"Caí num pranto profundo,
por meu dito amor me deixar."

"Se o teu amor te deixou,
escolheste o amor errado.
Este meu que já murchou,
nunca te tinha deixado."

João S.
19/11/2012





domingo, 18 de novembro de 2012

Fonte de inspiração

Musa inspirante, não conheço,
mas espero vir a conhecer.
Agora p'lo Natal só peço,
inspiração pra escrever.

Perante meu já louco estado,
decidi anunciar:
"Aqui jovem nada inspirado,
busca musa pra rimar"

Ando na procura incansável
duma donzela ideal,
de tal beleza, incomparável,
que me parece irreal.

Rimo, danço com o dicionário,
já exclui das ambições,
ser poeta como Cesário,
como Pessoa ou Camões.

Tinham musas, os bons poetas,
fontes de inspiração,
e eu sem musa escrevo tretas,
sem calor no coração.

João S. 18/11/2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Regresso


Não sei porque o fiz,
ainda não parei de pensar,
não fosse a sorte que tive,
não estaria aqui a rimar.

Queriamos ir pra casinha,
o comboio era a solução,
mas Riachos ainda era longe,
fomos de táxi prá estação.

Ainda eramos uns quantos,
tudo à espera lá sentado,
era na boa havia tempo,
estávamos só do lado errado.

Avistam um comboio ao fundo,
"Então mas está adiantado?",
"É aquele!" grita alguém,
e fica tudo alvoraçado.

Diz o Zé: "Este é o nosso,
não o podemos perder."
Vejo-o a saltar prá linha
e começar a correr.

Dei comigo já na linha,
com o comboio a chegar,
foi precioso o segundo,
entre eu subir e ele passar.

Eramos ai uns quinze,
a correr um risco mortal,
passámos a frente do comboio,
que nem parou afinal...

O último que passou,
deu mesmo um "salto de fé",
o bicho cheirou-lhe as costas,
e levou-lhe quase um pé.

Comecei então a pensar,
já depois de ter passado,
no que tinha acontecido,
se alguém tivesse escorregado.

Tinha chovido à pouco tempo,
a malta estava cansada,
estivemos todos na festa
e já era de madrugada.

Noto que estava sem lentes,
não via como deve ser,
estavam reunidas condições,
pra um desastre acontecer.

Esquece, nem merece a pena,
pensares mais no que passou.
Abre a porta pró futuro,
que o passado já bazou.


João S. 12/11/2012