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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
O Regresso
Não sei porque o fiz,
ainda não parei de pensar,
não fosse a sorte que tive,
não estaria aqui a rimar.
Queriamos ir pra casinha,
o comboio era a solução,
mas Riachos ainda era longe,
fomos de táxi prá estação.
Ainda eramos uns quantos,
tudo à espera lá sentado,
era na boa havia tempo,
estávamos só do lado errado.
Avistam um comboio ao fundo,
"Então mas está adiantado?",
"É aquele!" grita alguém,
e fica tudo alvoraçado.
Diz o Zé: "Este é o nosso,
não o podemos perder."
Vejo-o a saltar prá linha
e começar a correr.
Dei comigo já na linha,
com o comboio a chegar,
foi precioso o segundo,
entre eu subir e ele passar.
Eramos ai uns quinze,
a correr um risco mortal,
passámos a frente do comboio,
que nem parou afinal...
O último que passou,
deu mesmo um "salto de fé",
o bicho cheirou-lhe as costas,
e levou-lhe quase um pé.
Comecei então a pensar,
já depois de ter passado,
no que tinha acontecido,
se alguém tivesse escorregado.
Tinha chovido à pouco tempo,
a malta estava cansada,
estivemos todos na festa
e já era de madrugada.
Noto que estava sem lentes,
não via como deve ser,
estavam reunidas condições,
pra um desastre acontecer.
Esquece, nem merece a pena,
pensares mais no que passou.
Abre a porta pró futuro,
que o passado já bazou.
João S. 12/11/2012
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