sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A bela da janela

Pra quem não sabe, vou contar,
a história de uma janela,
que esteve lá pra me apoiar,
quando mais precisei dela.

O álcool a mim não perdoa,
cheguei a casa todo dormente,
só a dizer coisas à toa,
coisas de gente indecente.

Já no quarto, fechei a porta,
mas quando, me fui pra sentar,
vi cama toda torta...
Fui à marquise apanhar ar.

Estava em casa sozinho,
Pus-me à janela a espairecer,
mas o carrascão do vinho,
fez-me logo adormecer.

Pôs-me nos olhos um peso tal,
qu'adormeci naquele estado,
com uma dormência brutal,
Do terceiro andar pendurado.

A meio da noite acordei,
com essa visão tão bela,
de saber que não vomitei,
e que não caí da janela.

Deitei-me então, finalmente,
ainda meio atordoado...
Prá próxima vai ser diferente,
prá próxima tenho mais cuidado.
João S. 22/11/2012

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